20 de setembro de 2010

Dizem que com o amor ganha-se e nunca se perde. Dizem...
Mas não, tudo é em vão. Eu perdi o meu sorriso, perdi a minha orientação. Perdi-me no tempo e na escuridão. Perdi a minha força, a minha pulsação. Perdi-me entre o desespero e a solidão. Perdi-me a mim e ao meu coração. Debaixo dos pés, perdi o chão...
Perdi o controlo sobre os meus pensamentos, perdi o acesso ao meu mundo à parte. O meu céu perdeu o azul e o meu mar perdeu as ondas. Os meus dias perderam a luz e o meu arco-íris perdeu as cores...
O meu mundo deixou de girar, não há mais ar para respirar. Não há amor, não há vida, ficou-me a alma esmorrecida. Estou decadente, a morrer aos poucos... Estou a morrer de sede e de fome com milhares de litros de água à minha volta e com a comida presa na garganta. A água não me mata a sede e a comida não me sabe a nada. A comida transforma-se em cinza dentro do meu estômago que grita cada vez mais alto por amor passado! Amor esse que trazia com ele uma experiência e uma sensação impressionante, era energético e transbordava de vitaminas.
Perdi o apetite, perdi o tacto e a minha visão! Estou perdida no amor que me irá perseguir até à morte... Estou perdida, perdi , perdi-te!

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