16 de maio de 2011

Acho que nunca escrevi sobre isto, ou se escrevi... Está de novo de passagem pela minha cabeça.
Estados de espírito. Ou mais propriamente um... Euforia. Isso, a extrema felicidade momentânea de poder fazer tudo num determinado momento, em determinado espaço, de forma incrivelmente extasiante. Muitas vezes, sinto-me assim. Como que um frenesim de 8 e 80, 80 e 8, 8 e 80 possuísse o meu corpo, noite dentro. (...)
Sabes, gosto do sabor forte da euforia, lembra-me de ti, mas não és tu. O riso descontrola-se, e a pulsação atinge os mil. O coração. Bem, a euforia faz esquecer do coração.
Os copos vêm cheios, e a noite prolonga-se. O espírito aquece e a alma esquece-se de todas as coisas que queimam mais que eles. Sou boa nisso de brincar às felicidades. Também o és?
Os ponteiros rodam, e a euforia como é de natureza traiçoeira, transforma-se numa bomba-relógio prestes a explodir, e as tuas mãos denunciam o cheiro a polvora...
Numa questão de segundos toda a felicidade desvanece, o silêncio apodera-se da música em alta escala e as tuas baterias descarregam freneticamente até não teres qualquer força para voltar a encher o copo. (...)
As cortinas fecham. A festa acabou. O coração desperta. E com ele despertam as lágrimas ao invés dos aplausos. Não há mais rosas que confortem a solidão...

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